sexta-feira, 29 de julho de 2011

Eu quero

Eu quero...

Eu quero alguém que tenha tempo. Tempo para meus sorrisos insistentes, para meus dramas patéticos, para meus filmes infindáveis, para meus sonhos constantes e delirantes...
Eu quero alguém que tenha verdade. Verdade no que sente, verdade no que sonha, verdade do que tem, verdade no que espera do acaso...
Eu quero alguém que tenha possibilidades. Possibilidade de viver o inteiro, de encarar o desconhecido, de enterrar o passado e construir o dia seguinte com alegria...
Eu quero alguém que tenha coragem. Coragem de arriscar o certo, coragem de viver com intensidade, coragem de errar, coragem de se entregar...
Eu quero alguém que tenha sonhos. Sonhos bobos, sonhos grandes, sonhos daqueles que fazem a gente rir só de sonhar...
Eu quero o inteiro, sem restrições, sem ponderar, sem medir, sem pensar. Eu quero o todo, com suas facetas desconhecidas, feias, sombrias, luminosas. Eu quero tudo, completo, irrestrito, incondicional, integral.
Eu quero!

sábado, 16 de julho de 2011

Sonho e pesadelo

Sem que se possa prever, acontece. Sem avisos ou sinais, chega. E aquilo que parecia impossível se materializa a frente, indecifrável, indescritível, real. Mexe com cada centímetro da alma, domina cada fração de pensamento, entorpece. Leva para o céu, arremessa para a escuridão. E tudo aquilo que era certo se torna incerto, tudo que era essencial parece supérfluo, tudo que era verdadeiro parece tolo... não há mais certezas, não há mais firmeza, agora tudo é solto e imaterial. Muda as concepções, e a única certeza que se tem é que tudo é mutável. Para isso não é preciso tempo. Um passo a frente e pronto: tudo parece fora do seu lugar, e ficam apenas as marcas da poeira no chão. E é assim que se chega a conclusão de que os antigos valores eram rígidos demais, irreais. Se constata que o certo e o errado são suposições. Se entende que poucos conceitos estão perto da verdade até que se sinta na pele. Até aí são apenas possibilidades... Julgamentos são, assim, arriscados demais, precipitados demais, injustos demais. E o que fica é a vontade de sentir, de ficar, de deixar, de viver...