domingo, 25 de setembro de 2011

Aquela dança

Ele, um forasteiro. Ela, quase natural dali. Uma conversa simples, risadas fáceis. E de repente o que parecia apenas uma empatia se torna uma sintonia compassada. O som que embala a noite embala também aquele encontro casual. O acaso. Sempre ele. Brincando com nossos dias. A princípio, uma dança tímida, retraída, medrosa... Aos poucos, a conexão começa a ser sentida, e os pés ganham vida própria. A música cadente torna os passos melodiosos. Com um olhar atento, é possível ver as notas se formando na sola dos pés e invadindo o salão. Os corpos já não precisam ser vistos. De olhos fechados, o corpo colado no corpo responde aos sentidos mais aguçados. Já não é preciso prestar atenção, o importante é se deixar levar... Sem medo, sem timidez, livre. Livre de qualquer pudor. Livre de qualquer erro. Despretensiosamente. E a música, antes tão envolvente, se torna uma melodia vaga e baixa. Afinal, o que os envolve agora é a dança que os transporta para longe dali...

Para o meu melhor par...